sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Santo do dia - São Gabriel de Nossa Senhora das Dores




No dia primeiro de março de 1838 recebeu o nome de Francisco Possenti, ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito anos. Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado Pontifício, precisava a mudar de residência com freqüência, sempre que suas funções se faziam necessárias em outro pólo católico.

Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem Dolorosa 

Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina para completar os estudos filosóficos. Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. Morreu aos vinte e quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da Itália. 

As anotações deixadas por Gabriel de Nossa Senhora das Dores em um caderno que foi entregue a seu diretor espiritual, padre Norberto, haviam sido destruídas. Mas, restaram de Gabriel: uma coleção de pensamentos dos padres; cerca de 40 cartas testemunhando sua devoção à Nossa Senhora das Dores e um outro caderno, este com anotações de aula contendo dísticos latinos e poesias italianas. 

Foi beatificado em 1908, e canonizado em 1920 pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos. 

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, teve uma curta existência terrena, mas toda ela voltada para a caridade e evangelização, além de um trabalho social intenso que desenvolvia desde a adolescência. Foi declarado co-patrono da Ação Católica, pelo Papa Pio XI, em 1926 e padroeiro principal da região de Abruzzo, pelo Papa João XXIII, em 1959.

O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, é meta de incontáveis peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais procurados da Itália e do mundo cristão. A figura atual deste Santo jovem, mais conhecido entre os devotos como o "Santo do Sorriso", caracteriza a genuína piedade cristã inserida nos nossos tempos e está conquistando cada dia mais o coração de muitos jovens, que se pautam no seu exemplo para ajudar o próximo e se ligar à Deus e à Virgem Mãe.


Fonte:Portal Paulinas

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Santo do dia - São Policarpo de Esmirna



Nascido em uma família cristã da alta burguesia no ano 69, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida nos foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o "Apóstolo da França" e sucessor de Timóteo em Lion. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo foi escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista.

Foi amigo de fé e pessoal de Inácio Antioquia, que esteve em sua casa durante seu trajeto para o martírio romano em 107. Este escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna, antes de morrer, enaltecendo as qualidades do zeloso bispo. No governo do papa Aniceto, Policarpo visitou Roma, representando as igrejas da Ásia para discutirem sobre a mudança da festa da Páscoa, comemorada em dias diferentes no Oriente e Ocidente. Apesar de não chegarem a um acôrdo, se despediram celebrando juntos a liturgia, demonstrando união na fé, que não se abalou pela divergência nas questões disciplinares.

Ao contrário de Inácio, Policarpo não estava interessado em administração eclesiástica, mas em fortalecer a fé do seu rebanho. Ele escreveu várias cartas, porém a única que se preservou até hoje foi a endereçada aos filipenses no ano 110. Nela, Policarpo exaltou a fé em Cristo, a ser confirmada no trabalho diário e na vida dos cristãos. Também citou a Carta de Paulo aos filipenses, o Evangelho, e repetiu as muitas informações que recebera dos apóstolos, especialmente de João. Por isto, a Igreja o considera "Padre Apostólico", como foram classificados os primeiros discípulos dos apóstolos.

Durante a perseguição de Marco Aurélio, Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava, três dias antes de ser preso. Avisou aos amigos que seria morto pelo fogo. Estava em oração quando foi preso e levado ao tribunal. Diante da insistência do pro cônsul Estácio Quadrado para que renegasse a Cristo, Policarpo disse: "Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Foi condenado e ele mesmo subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos". Mas a profecia de Policarpo não se cumpriu: contam os escritos que, mesmo com a fogueira queimando sob ele e à sua volta, o fogo não o atingiu. 

Os carrascos foram obrigados a matá-lo à espada, depois quando o seu corpo foi queimado exalou um odor de pão cosido. Os discípulos recolheram o restante de seus ossos que colocaram numa sepultura apropriada. O martírio de Policarpo foi descrito um ano depois de sua morte, em uma carta datada de 23 de fevereiro de 156,enviada pela igreja de Esmirna à igreja de Filomélio. Trata-se do registro mais antigo do martirológio cristão existente.


Fonte:Portal Paulinas

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Santo do dia - São Flaviano



Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de Roma, dadas a sua grande inteligência e boa moral. Quando, porém, o imperador morreu e em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, este deu início à perseguição dos cristãos e, logo, Flaviano foi destituído de seu cargo.

Ele, porém, não se intimidou e passou a dedicar seus dias a confortar e estimular os cristãos. Morto Constâncio, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição, empreendendo-a ainda com mais ênfase. Flaviano que já era um sacerdote cristão se destacava muito pela prática radical do Evangelho e por sua defesa contra os hereges. 

Assim, em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, que na época era capital do Império Romano, já que o mundo católico se via estremecido por agitações político-religiosas e sua atuação poderia reverter este processo. Flaviano assumiu com mão de ferro o posto, mas em seu primeiro ato oficial já pode ter uma idéia dos conflitos que viriam. 

Era costume o patriarca, assim que assumia, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele enviou então um pão bento durante a missa solene, como símbolo de paz e concórdia. O primeiro-ministro mandou o pão abençoado de volta, dizendo que só aceitaria presentes em ouro e prata. Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja não pertenciam a ele, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na Terra. Tanto o imperador quanto o ministro juraram vingança, e as pressões começaram.

Flaviano enfrentou várias dissidências que depois seriam consideradas heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso significaria aceitar que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi traído pela parte do clero que defendia a tese. 

Nenhuma das decisões conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as heresias de Nestório e de Eutiques.

Flaviano foi praticamente assassinado durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso Isto mesmo, maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram sua deposição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e ali mesmo torturado tão cruelmente que ele não agüentou e, logo depois, veio a falecer vítima delas, no dia 18 de fevereiro de 449.

Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde a verdade foi restabelecida. Aceitavam-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana e os contrários foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano foi reabilitada e ele declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã. O culto à São Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.


Fonte:Portal Paulinas

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Santo do dia - Santo Aleixo Falconieri




Aleixo nasceu em 1200 na cidade de Florença, Itália. Era filho de Bernardo Falconieri, um príncipe mercante florentino, e um dos líderes daquela república. A cidade vivia em luta. Brigavam pelo poder duas famílias poderosas: os Guelfi e os Ghibelini. A família Falconieri pertencia ao partido dominante dos Guelfi.

Nesta época, Aleixo era um jovem comerciante influente, nobre, rico, inteligente e alegre, que resolveu crescer acima deste mundo material. Ele tinha uma conduta cristã exemplar, era muito piedoso e devoto da Virgem Maria. Junto com seis amigos, ligados por uma estreita amizade fraterna, formaram um grupo que se encontrava para rezar e cantar "laudas" para Maria. No dia 15 de agosto de 1233, os sete: Bonfiglio, Bonaiuto, Amadio, Ugocio, Sostenio, Manejo e Aleixo, estavam reunidos rezando diante da imagem da Virgem quando ela se mexeu. Depois, na volta para casa Nossa Senhora apareceu vestida de luto chorando e, disse que a causa de sua tristeza era a longa guerra civil daquela cidade.

Decidiram abandoar tudo e fundaram a "Ordem dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas, em monte Senário, perto da cidade. Vestiram-se de preto em reverência à Virgem de luto e adotaram a Regra de Santo Agostinho. A ordem foi aceita pelo Vaticano e os fundadores foram consagrados sacerdotes, menos Aleixo que se recusou a vestir o hábito.

Aleixo possuía uma humildade infinita. Na gruta em que vivia no monte Senário, tinha momentos de profunda comunhão espiritual com a Virgem Maria e seu Filho Redentor. Saia do seu retiro apenas para pedir e mendigar a caridade para os necessitados e para rezar na pequena capela de Nossa Senhora situada na beira da estrada. Sua vida foi austera e
sincera de eremita penitente. As roupas eram as mais pobres, o leito era de tábuas ásperas e sem cobertores. Comia pouquíssimo, permanecendo em constante oração. Assim era o sincero e humilde irmão Aleixo, que mesmo vivendo mais de cem anos, nunca se sentiu digno o suficiente para representar o Pai Eterno através da ordenação sacerdotal.

Aleixo era responsável pelo setor financeiro e administrativo das várias casas da ordem que surgiram na Itália, tendo vivido em todas elas. Em 1252, a igreja nova em Cafagio, nos arredores de Florença, foi terminada sob seu cuidado, e totalmente financiada pelas famílias dos Guelfi e os Ghibelini. Ele transformou aquela pequena igreja em que ia rezar à beira da estrada, numa grande igreja dedicada a Nossa Senhora das Dores, dando origem ao seu culto que se propagou entre os cristãos do mundo inteiro. Foi diretor espiritual de muitos vultos do clero, que se tornaram santos, como sua sobrinha: Santa Juliana Falconieri.

Em 1304, quando a Santa Sé aprovou oficialmente a "Ordem dos Servidores de Maria" apenas Aleixo ainda estava vivo. A tradição diz que antes de morrer ele ficou rodeado de anjos e recebeu a visita de Cristo, na figura de menino, que lhe oferecia uma coroa de ouro.

Com cento e dez anos, ele morreu sereno no dia 17 de fevereiro de 1310 em monte Senário. Ele foi beatificado oito anos antes que os outros seis fundadores. Em 1888, todos foram canonizados juntos, para assim serem cultuados no dia da morte de Santo Aleixo Falconieri.


Fonte: Portal Paulinas

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Santo do dia - São Cláudio Colombiere



Cláudio Colombiere nasceu próximo de Lion, na França, no dia 02 de fevereiro de 1641. Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa idéia.

Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avinhon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.

Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.

Nesta cidade, padre Cláudio é um precioso guia para tantos cristãos desorientados. Mas, em 1674 é enviado a Londres como capelão de Maria Beatriz D'Este, mulher de Carlos II, duque de York e futuro rei da Inglaterra. Naquela época, a Igreja Católica era perseguida e considerada fora da lei na Inglaterra. Entretanto, como padre Cláudio celebrava a Eucaristia numa pequena capela, acaba sendo procurado por muitos cristãos, irmãs clandestinas e padres exilados, todos desejosos de escutar seus conselhos.

Outro acontecimento muda completamente a sua vida. Ele é enviado como missionário às colônias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.

Mais uma vez padre Cláudio Colombiere retorna à França, em 1681. Entretanto, já se encontrava muito doente. Seu irmão ainda tentaria levá-lo a regiões onde o ar seria mais saudável. Mas ele não desejava partir, pois havia recebido um bilhete de Margarida Alacoque que dizia: "O Senhor me disse que sua vida findará aqui". Três dias depois ele morre em Parai-le-Monial e seu corpo fica sepultado na Companhia de Jesus, sob a guarda dos padres jesuítas. Era o dia 15 de fevereiro de 1683.

O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio Colombiere em 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.


Fonte:Portal Paulinas

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Santo do dia - São Castrense




Castrense viveu no século V, era cristão e bispo de Cartagine, atual Tunísia, África. Durante a invasão dos Vândalos, comandados pelo rei Genserico, ele foi lançado ao mar, junto com outros sacerdotes e fiéis, dentro de um velho navio desprovido de velas, remos e leme. Com certeza, o intuito era que morressem afogados, mas milagrosamente ele sobreviveu, desembarcando na costa italiana, próxima a Nápolis. 

Pelos registros, ele retomou sua missão apostólica e logo se tornou bispo de Castel Volturno. Depois, de acordo com o antiqüíssimo "Calendário Marmóreo" de Nápolis, ele também foi eleito bispo de Sessa, aceitando a difícil tarefa de conduzir os dois rebanhos, os quais guiou com amor e zelo paternal. Castrense era humilde e carismático, penitente e caridoso, durante a sua vida patrocinou dois episódios prodigiosos, registrados nos arquivos da Igreja: libertou um homem possesso pelo demônio e salvou um navio cheio de passageiros de uma grande tempestade. 

Assim, a fama de santidade já o acompanhava, quando morreu como mártir de Jesus Cristo, em 11 de fevereiro de 450, em Sessa, Nápolis. Logo passou a ser venerado pela população em toda Campânia e em muitas outras cidades, inclusive na África. 

As relíquias do Santo, foram transferidas, antes do século XII, de Sessa para Cápua e depois por determinação de Guilherme II o Bom, último rei normando da Sicília, foram enviadas para Monreale. Em 1637, foram transladadas para a Capela anexa à Catedral de Monreale, em uma urna de prata com uma placa onde se pode ler "São Castrense, eterno baluarte da cidade de Monreale". 

As mais recentes informações sobre este Santo de origem africana, datam de 1881, e foram encontradas durante as escavações arqueológicas na gruta de Calvi, próximas de Monreale. São pinturas do século VII que retratam o bispo Castrense, nas duas dioceses e ao lado de outros mártires da mesma época e região. 

Mas ainda hoje encontramos o efeito da sua presença na Catânia, seja na pequena região que leva o nome de São Castrense, seja nas diversas igrejas e no convento feminino beneditino erguido ao lado da Catedral, sendo tudo dedicado à sua memória. Inclusive nas manifestações de sua devoção quando da comemoração de sua passagem no dia 11 de fevereiro. Data oficializada pela Igreja, quando reconheceu o seu martírio e declarou o bispo Castrense, Santo e padroeiro da cidade de Monreale. Neste dia a sua estátua segue em procissão da Catedral de Monreale, indo para a de Sessa e retornando após o culto litúrgico. Dizem os devotos que durante este trajeto muito graças são alcançadas por sua intercessão.


Fonte:Portal Paulinas

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Santo do dia - São Romualdo




São Romualdo abade e fundador (951-1027). O fundador do célebre Mosteiro de Camaldoli tem sua festa litúrgica comemorada a 9 de junho, dia de sua morte, mas a 7 de fevereiro se celebra o aniversário do traslado de seus restos mortais (conservados ainda hoje milagrosamente incorruptos) em Val de Castro, nos arredores de Camaldoli, em Fabiano.

Romualdo nasceu em Ravena, da nobre família dos Onesti. Esse nome, entretanto, não foi honrado devidamente pelo pai, pois este — segundo narram as crônicas — cometeu um crime presenciado involuntariamente por são Romualdo. O jovem ficou tão abalado pelo ocorrido, que decidiu fugir de casa e tornar-se monge na abadia beneditina de Classe, nas proximidades de Ravena.

Eleito abade desse mosteiro, permaneceu pouco tempo no exercício de suas funções. Aproximava-se o fim do milênio, e muitos cristãos acreditavam que o final do mundo iria chegar. Por isso, empreendiam extenuantes peregrinações penitenciais.

Também Romualdo — certamente não porque desse crédito a esse medo irracional — abandonou a tranquilidade da vida monástica e pôs-se a caminho, sem um destino preciso, visto ser por natureza inclinado à vida errática. Onde quer que se detivesse, dava origem a novos mosteiros. Destes, o mais famoso é precisamente o de Camaldoli, até hoje oásis de recolhimento religioso para os que — embora por curto espaço de tempo — desejam escapar do bulício do mundo.

Nesse recanto da província de Arezo, os beneditinos camaldulenses seguem um gênero de vida eremítica que conjuga a austera solidão dos monges orientais com o estilo de vida cenobítica observado no Ocidente pela regra de são Bento.

Contudo, nem mesmo o eremitério de Camaldoli teve o condão de deter o errático monge. Numerosas foram as etapas de seu eterno peregrinar. Renunciou, novamente, à função de abade, que lhe fora confiada pelo imperador Oto III, que o admirava.

Por fim, após haver convencido o pai a tornar-se monge na abadia de São Severo, procurou para si um refúgio mais seguro — primeiramente em Monte Cassino, a seguir em Verghereto, Lemo, Roma, Fontebuona, Valumbrosa e, ao final, Val de Castro, onde o colheu a morte. Mas, mesmo depois desta, como vimos, não teve moradia permanente
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Fonte: Portal Paulinas