Os peregrinos de Jerusalém percorriam com emoção os caminhos seguidos pelo Senhor na sua Paixão. Há alguns séculos o povo cristão o percorre espiritualmente, seguindo uma grande cruz e venerando catorze “estações”.
Faz-se uma breve meditação das dores de Jesus em cada estação, mas não é determinada nenhuma oração particular e tampouco um titulo para cada estação. Mais do que a crônica dos acontecimentos, contemplação o mistério de amor e doação de Jesus e de sua Mãe, e procuramos participar intimamente de seu sacrifício espiritual. Este ano, a Igreja no Brasil nos propôs reflexões ligadas ao trafico humano nas suas mais variadas formas, roteiro que utilizamos tanto nas via sacras que se realizaram em nossas comunidades durante toda a Quaresma e Semana Santa e nesta Via Sacra Paroquial da Sexta Feira Santa.
Cristo crucificado é de fato, a revelação de Deus, Pai que ama os homens, e manifesta a sua força na fraqueza e na falência dos empreendimentos humanos. E é também a revelação do homem; só é homem verdadeiramente quem dá a vida pelos outros e por Deus. A vida se realiza no amor. A meditação sobre a Paixão e a Morte de Jesus deve ter uma única conclusão: fazer na vida de cada dia aquilo que ele fez. É a conclusão de são João: “Cristo deu a vida por nós; portanto, nós devemos dar também a nossa vida pelos irmãos”. (1 João 3, 16).
Na nossa Via Sacra, nós acompanhamos os últimos passos de Jesus no caminho do calvário. A sua caminhada não terminou na Cruz. Ela se completou com a Ressurreição Gloriosa. Essa é a nossa esperança. Unidos com Jesus, nós nos tornamos fortes para vencer os sofrimentos e caminhar para a vida em plenitude.
Esta vivência a nível de paróquia foi muito especial e particular. Cerca de 600 pessoas foram as ruas de nossa paróquia partindo de nossas seis comunidades, dando um testemunho autêntico de fé e proclamando a certeza da Morte de Jesus, mas, sobretudo de sua Ressurreição.
Fotos: Equipe Pascom
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